sexta-feira, 19 de agosto de 2011

VEJA DICAS QUE PODEM AJUDAR A ESCOLHER A CARREIRA NO VESTIBULAR

A pedido do G1, as especialistas em orientação vocacional Yvette Piha Lehman,orientadora vocacional da Colmeia e psicanalista da Sociedade Brasileira de Psicanálise, e Maria Stella Leiteorientadora vocacional da Colmeia e psicanalista da Sociedade Brasileira de Psicanálise, elaboraram dicas para a escolha da carreira. Confira.

1) Sou muito jovem, como saber o que eu quero fazer?
Penso no que você gosta, naquilo que faz com espontaneidade e te dá prazer. A profissão pode ajudá-lo a se aprofundar neste assunto. “Quem consegue ficar de bem com a profissão porque o mercado está difícil é que tem amor pelo aquilo que faz e se sente respeitado”, diz Yvette.

2) Minha mãe quer que eu seja isto, meu pai aquilo. E agora?
Pais, amigos, professores, todo mundo pode querer dar palpite. O fundamental é olhar para dentro e ver o que gosta. Muitas vezes o adolescente não pensa em si mesmo e vai pelas sugestões dos outros e acaba se decepcionando. “Qualquer escolha não pode estar apoiada em um único fator. É importante pensar em um conjunto de fatores”, afirma Maria Stella. “Os pais não podem decidir pelo filho. Se o estudante é um ser ativo, a escolha vai o fortalecer como pessoa”, pondera Yvette.

3) Queria ser médico, mas acho melhor tentar um curso mais fácil de entrar.
Fazer um curso porque é mais fácil de passar no vestibular é uma escolha que não se sustenta. “Quem entrar fácil também sai fácil. O que é fácil no início pode ser complicado depois. Vai ter desperdício de tempo e energia. Vai acabar desistindo”, diz Yvette. Maria Stella, no entanto, ressalta para cursos que podem ser menos concorridos e ter afinidades com a profissão desejada. “Se um estudante vê na medicina, a chance estudar biologia, atender clientes, vai fazer bem para a humanidade, outras profissões também garantem essas ideias. Vale a pena ver se dá para fazer a substituição. Se não der, é melhor insistir mais um pouco no seu projeto.”

4) Devo seguir minha vocação ou fazer uma profissão ‘em alta’ no mercado de trabalho?
Este dilema é recorrente. O mercado está sempre evoluindo, e as profissões podem se cruzar. Quem gosta de educação física, mas vê em administração uma chance maior de ganhos, pode lá na frente resgatar a paixão pelo esporte como dono de uma academia, por exemplo. “Ás vezes quando escolhe tem que deixar de lado coisas que a gente gosta muito, vai adiar, ao longo da vida profissional acaba resgatando aquilo”, diz Maria Stella. “O mercado muda muito. Profissões ‘valorizadas’ no passado não é garantia de uma vida profissional valorizada agora. O mundo do trabalho está muito exigente e restrito. Tem que ser profissional ativo mesmo depois de formado, fazendo especializações e se atualizando sempre”, destaca Yvette.

5) Vale a pena 'atirar para todos os lados', ou seja, prestar um curso diferente do outro em várias universidades?
"Essa estratégia costuma dar errado. A pessoa está delegando para o vestibular que decida por ela, como se isso fosse possível", destaca Maria Stella. "Ele está representando uma angústia da sobrevivência. Ou de querer entrar a qualquer preço. É uma entrada fácil, mas sustentar este lugar que vai conquistar tem um preço", diz Yvette.

6) E se eu entrar na faculdade e não gostar? Sigo em frente ou começo tudo de novo?
É preciso identificar quais são os fatores que determinam esta decepção. Os primeiros dois anos de um curso universitário em geral são muito teóricos, eles formam a base do conhecimento da profissão. “Não há problema em desistir, mas esta desistência tem de servir como aprendizado. Se não aprendeu nada com a primeira experiência vai errar atrás da outra, vai prestar vários vestibulares e ficar um mês em cada faculdade”, comenta Maria Stella. “O importante não é a desistência, é pensar com seriedade na escolha da profissão”, afirma Yvette. “Se não pensar antes do vestibular, vai pensar depois, já na faculdade.”

Fonte: G1

Queridos visitantes este artigo constitui abordagem geográfica.

Nenhum comentário:

Adoos