terça-feira, 16 de agosto de 2011

Líbia: seis meses de insurreição e guerra civil


Líbios pró-Kadhafi participam de comício na cidade natal do ditador, Sirte, nesta quinta-feira (21) (Foto: Caren Firouz / Reuters)

BENGHAZI, Líbia, 16 Ago 2011 (AFP) -Datas-chave desde o início da insurreição, iniciada no dia 15 de fevereiro contra o regime de Muamar Kadafi na Líbia, que se transformou em um conflito armado.
--FEVEREIRO 2011--
- 15-19: Protestos sem precedentes contra o regime reprimidos violentamente em Benghazi e Baida (leste). A insurreição se estende para outras cidades.
- 22: O ministro da Justiça, Mustafá Abdelkhalil, e o do Interior, Abdel Fatah Yunes, se juntam à rebelião e se tornam pilares da mesma. Dezenas de personalidades políticas e militares seguem o exemplo.
- 23-25: A zona que vai da fronteira egípcia até Ajdabiya, incluindo Tobruk e Benghazi, é tomada pelos insurgentes.
- 28: Depois da ONU e dos Estados Unidos, a União Europeia impõe sanções contra o regime.
--MARÇO--
- 10: A França reconhece o Conselho Nacional de Transição (CNT), criado no final de fevereiro pela oposição em Benghazi, como "único representante da Líbia". Desde então, outros 25 países reconheceram igualmente o órgão político dos rebeldes.
- 17: O Conselho de Segurança da ONU autoriza o uso da força contra as tropas do regime para proteger os civis.
- 18-19: Os pró-Kadafi atacam Benghazi, "capital" dos rebeldes. A coalizão passa para a ofensiva e bombardeia as forças do regime que se retiram para o oeste.
- 31: A Otan assume o comando da operação "Protetor Unificado".
--ABRIL--
- 1: Primeiro erro da Otan, que mata nove combatentes rebeldes e quatro civis no leste do país ao bombardear um comboio.
- 13: O Grupo de Contato, responsável político pela intervenção, reconhece o CNT e pede o avanço contra Kadhafi. A frente leste faz numerosos avanços e retiradas e se estabiliza entre Brega e Ajdabiya.
- 20: Londres, Paris e Roma enviam conselheiros militares para o CNT. Egito e Estados Unidos fazem o mesmo depois.
--MAIO--
- 1: Um dos filhos e três netos de Kadhafi morrem em um bombardeio da Otan.
- 11: Depois de dois dias de combates, os rebeldes tomam o aeroporto de Misrata e começam o cerco a leste de Trípoli.
- 27: Moscou pede a saída de Kadhafi.
--JUNHO--
- 1: A Otan prolonga sua missão até o final de setembro.
- 27: O Tribunal Penal Internacional emite uma ordem de prisão contra Kadhafi, seu filho Seif al-Islam e o chefe do serviço secreto Abdullah al-Senusi por crimes contra a Humanidade.
- 29: A França reconhece ter lançado de paraquedas armas para os rebeldes em Djebel Nefusa (sudoeste de Trípoli).
--JULHO--
- 6: Ofensiva rebelde em Djebel Nusa.
- 15: O Grupo de Contato reconhece o CNT como a "autoridade governamental legítima".
- 28: Assassinato do general Yunes, que era o chefe do Estado-Maior da rebelião.
- 31: Ataque rebelde contra os partidários de Kaghafi, em Benghazi.
--AGOSTO--
- 8: Mustafá Abdelkhalil, eleito presidente do CNT, assume o governo interino.
- 9: O regime acusa a Otan de ter matado 85 civis em um ataque à cidade de Zliten (oeste).
- 14: Negociações secretas entre rebeldes e representantes do regime em Djerba (Tunísia), segundo uma fonte próxima à segurança tunisiana, que teve a participação de um enviado do presidente do governo venezuelano Hugo Chávez. A fonte não indicou o nome do enviado.
- 15: Kadhafi prevê um "final próximo" para os rebeldes, que anunciaram ter tomado o controle da maior parte de Zawiya, Garián e Sorman, no maior avanço feito para o oeste. Washington se mostra "estimulado" pelos avanços. No leste, os rebeldes controlam toda a zona residencial do leste de Brega.
Chega à Tunísia um enviado especial da ONU para participar das negociações entre os responsáveis do regime e da rebelião. Um porta-voz da ONU desmente que o enviado irá participar das negociações.

Queridos visitantes este artigo constitui abordagem geográfica.

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